Iniciamos o mês de outubro com a campanha mundial do Outubro Rosa, que tem como objetivo conscientizar as mulheres para a prevenção do câncer de mama. Esse ano de 2018, as campanhas visam estimular as mulheres a procurar os postos de atendimento para a realização da mamografia, que está abaixo do previsto pela Sociedade Brasileira de Mastologia.
No ano de 2017 apenas 1/3 do esperado de mulheres procurou o SUS para realizar o exame de mamografia; a mamografia não é um exame preventivo, mas que permite que o câncer num estágio mais inicial seja diagnosticado e tratado aumentando as chances de cura.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de mama ainda é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo inteiro e o mais comum entre as mulheres. As taxas de mortalidade no país devido ao câncer de mama ainda são bastante elevadas, principalmente porque a doença é diagnosticada em estágios avançados.
A mamografia na prevenção do câncer de mama tem a função principal de detectar a doença ainda em fase inicial para que seja possível iniciar o tratamento logo em seguida. Dessa forma, as chances de cura aumentam consideravelmente e os impactos da doença são minimizados.
Como é feito o exame de mamografia?
O exame de mamografia não é complicado de se fazer. Pode gerar certo desconforto pela compressão das mamas, que são sensíveis. No entanto, o médico poderá orientar a paciente quanto à melhor forma de aliviar o desconforto, que nunca deve ser um empecilho para que a mulher não realize o exame anualmente.
Muitas mulheres adiam o exame de mamografia, pois temem descobrir um possível câncer de mama e não sabem ou ignoram a importância de realizar o exame. Existem também as mulheres que temem a exposição à radiação. Para essas, saibam que a imagem do exame é obtida com raios X de baixa energia e o risco é mínimo se comparado ao benefício que o exame proporciona.
Quem faz a mamografia se certifica de não ter câncer ou garante maior chance de cura através da detecção precoce do mesmo. Vale reforçar que somente a mamografia detecta a doença no seu estágio inicial.
Quando realizar o exame de mamografia?
A recomendação da Sociedade Brasileira de Mastologia é que as mulheres comecem a realizar o exame de mamografia anualmente a partir dos 40 anos de idade. Isso porque, é a partir dessa idade que aumenta a incidência de casos de câncer de mama. Para mulheres que estão no grupo de risco, a idade deve ser a partir dos 35. Já as pacientes que possuem idade entre 50 e 69 anos, o intervalo máximo deve ser de até 2 anos entre os exames.
O câncer de mama é uma doença que abala o psicológico e a autoestima das mulheres.
Sobre o autoexame
Pelo autoexame o tumor só é detectado quando já não está mais em estágio inicial. Apesar de ele ser importante, a chave para um tratamento bem-sucedido é o exame de mamografia.
A probabilidade de se ter sucesso no tratamento, quando o câncer de mama é identificado precocemente, supera os 90%. Fazer a mamografia é a forma mais segura de detectar a doença.
Implante mamário x Câncer de mama
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o câncer na mama é indolor em sua grande maioria.
Os sintomas mais frequentes são:
- palpação de um nódulo endurecido e fixo na mama
- as vezes ocorre a descarga papilar, que é a saída de secreção pelo bico do seio
- alteração na pele, com vermelhidão, escamação, retração, aspecto de casca de laranja
- íngua na axila
- geralmente indolor
É muito importante lembrar que o implante mamário “o silicone” não tem relação alguma com o câncer de mama. Na década de 90 “no período conhecido como moratória do silicone” o implante mamário foi proibido nos Estados Unidos. Durante esse período, vários estados americanos desenvolveram pesquisas e estudos que comprovaram que a o implante de silicone não aumenta a incidência de câncer de mama.